O Âmbito Cultural do El Corte Inglés tem o prazer de convidar para a 2ª Sessão: “A voz de Lorca – Linguagem e Flamenco” com Ostalinda Suarez. A sessão decorrerá dia 14 de Dezembro pelas 18h30 na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés Grandes Armazéns de Lisboa.

Sinopse

Em breve, não restará ninguém que se lembre da voz de Federico García Lorca. As intervenções que realizou na Rádio Nacional perderam-se com a destruição dos seus arquivos durante a guerra civil. Duas gravações encontradas em Buenos Aires, onde passou mais de seis meses entre 1933 e 1934, permanecem há anos num limbo legal, sem que ninguém tenha conseguido verificar se se tratam ou não do poeta. Existem fotografias de Lorca durante uma entrevista na extinta Rádio Stentor dessa cidade, na qual também teria recitado alguns dos seus versos. No entanto, até à data, ninguém localizou a gravação, se é que ela existe. Os arquivos da estação encontram-se num armazém não classificados, pelo qual já passaram, sem sucesso, numerosos investigadores. Por enquanto, só podemos imaginar como seria a voz de Lorca através da memória dos seus contemporâneos. Dámaso Alonso, por exemplo, escreveu que Federico tornava-se sempre o “centro” em qualquer grupo de amigos: “Ele tem um tesouro inesgotável de graça, ri com gargalhadas sonoras e contagia o mais melancólico.” Luis Rosales assegura que o poeta possuía “uma grande voz, uma voz poderosa, muito grave, muito bem timbrada, sem ter qualquer matiz metálico, que tanto incomodam na voz. Tinha uma voz líquida, mas ampla”. Todos os dias, em qualquer parte do mundo, declamam-se os seus poemas e nós, entre milhões, também tentamos dar voz à sua voz. Poemas cantados com acompanhamento de guitarra flamenca e flauta transversal.

Biografia

Ostalinda Suárez é a primeira cigana a formar-se em flauta transversal na Europa. Concertista e solista da Orquestra Sinfónica Romani Europeia sediada na Bulgária, cigana de nascimento e flamenca por convicção, pretende elevar a música espanhola e o flamenco ao mais alto nível. Atualmente é diretora da Escola de Música Zafra e professora da Escola María Imaculada, continuando suas colaborações com diferentes grupos musicais, grupos eruditos e flamencos, sempre incluindo obras de música contemporânea no seu repertório. A sua trajetória não tem sido isenta de desafios, enfrentando críticas e preconceitos. Contudo, ela persiste em promover a sua cultura e a música flamenca, desafiando estereótipos e alargando horizontes. Sua próxima meta é fazer um doutoramento em música cigana.

A entrada é gratuita e adstrita a pré-inscrição.

A pré-inscrição pode ser feita nesta página ou no Ponto de Informação, Piso 0 do El Corte Inglés Grandes Armazéns de Lisboa.

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