O Âmbito Cultural do El Corte Inglés tem o prazer de convidar para o Ciclo de Conferências: “Ética” por António Bagão Félix, a realizar-se nos dias 20 e 27 de Abril, pelas 18h30, na Sala de Âmbito Cultural, piso 6 do El Corte Inglés de Lisboa.

 

1.ª Sessão — 20 de Abril – 18h30

A ÉTICA SEMPRE [O que devo fazer na relação com o outro, I. Kant]

Sinopse

Fazer as coisas bem feitas poderá ser uma medida de eficiência. Mas só fazer as coisas certas é uma medida de ética. Juntando estas duas asserções, isto é fazer as coisas certas de um modo certo é chegar à plenitude do imperativo ético. Para tal, buscando os fins na sua relação com o outro e consigo. E sabendo escolher os meios necessários para alcançar os fins. Com liberdade e responsabilidade. Tantas vezes em confrontação dilemática, em contextos e situações que podem implicar escolhas difíceis e custos associados a renúncias.

ABF, in “Um dia haverá” (2020)

2.ª Sessão — 27 de Abril -18h30

A ÉTICA HOJE [imperativo ou moda]

Sinopse

Diz-se que a ética consiste em cumprir escrupulosamente a lei. Acontece que o conjunto das normas jurídicas e o conjunto das normas éticas jamais coincidem. A ética não se estrutura na dicotomia legal/ilegal, mas radica na consciência. O conjunto do que é moralmente aceitável (o legítimo) é mais restrito e exigente do que é juridicamente aceitável (o legal). Nem tudo o que a lei permite se nos deve impor, e há coisas que a lei não impõe, mas que se nos podem e devem impor.

Constata-se que está na moda a “ética da quantidade” e a “ética condicional ou adversativa”, de mãos dadas com um qualquer “se”, “mas”, “talvez”, “às vezes”, “salvo se”, “mais ou menos”. Também no plano ético, não basta parecer, não basta o marketing da ética, a “markética”. É preciso ser. Com autenticidade e exemplaridade.

Biografia

António Bagão Félix, economista. Foi Ministro e Secretário de Estado em vários governos nas áreas das Finanças, Segurança Social e Trabalho. Foi conselheiro de Estado, vice-governador do Banco de Portugal, administrador nos seguros e na banca, presidente da Comissão Justiça e Paz e membro de órgãos sociais de várias ONG e IPSS. Condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Autor dos livros Do lado de cá ao deus-dará (2002), O cacto e a rosa (2008), O conto do Vigário (sobre texto de Fernando Pessoa) (2011), Trinta árvores em discurso directo (2013), Raízes de vida (2019), Um dia haverá (2020), Temas de Ética – reflexões e desafios (co-coord., 2022), Natureza de Poesia (co-autoria, 2022) e Palavras Descruzadas (2022). bem como de publicações de carácter técnico, social e religioso.

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