Ciclo Pensar Portugal

Uma parceria frutuosa entre duas instituições para Pensar Portugal: debates ao final de tarde, com oradores de excelência e temas de indiscutível interesse.

Conferência “Prisões”, de Catarina Fróis.

Dia 28 de Fevereiro, às 19h00, na Sala de Âmbito Cultural de Lisboa (Piso 6)

Apresentação por Maria Lúcia Amaral – Provedora da Justiça
Moderação por Micael Pereira – Jornalista do Expresso

 

Sinopse

Sabemos que as prisões servem para fechar, retirar de circulação da vida comum, quem pela sua conduta demonstrou não ter direito a viver em liberdade. Contudo, embora seja apresentado como uma forma humanista de punição, assente na disciplina e na reabilitação do indivíduo, o actual modelo carcerário-punitivo suscita cada vez mais questões, desafios e problemáticas.
Existem hoje, em Portugal, 49 estabelecimentos prisionais, com graus de complexidade de gestão elevado e médio, ocupados por quase 12 mil pessoas, com uma percentagem de mulheres inferior a cinco por cento. Ao longo de dois anos, a autora deste livro visitou algumas prisões portuguesas, para compor a descrição e contextualização de uma realidade pouco conhecida, e até escamoteada. Para que servem de facto as prisões? Que resultados se aferem após o cumprimento de uma pena? Como são estes espaços físicos, que pessoas os ocupam e qual é o seu quotidiano? Eis aqui o retrato de um pequeno mundo fechado à força dentro de si mesmo.

 

Biografia

Catarina Fróis é professora auxiliar no Departamento de Antropologia do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. O seu trabalho centra-se no estudo da marginalidade, do crime, da segurança, da justiça e dos direitos humanos. É autora dos livros, Vigilância e Poder (2013, Mundos Sociais) e Mulheres Condenadas, História de Dentro da Prisão (2017, Tinta-da-China).

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