O Âmbito Cultural tem o prazer de convidar para a sessão do Ciclo Poem(A)r “Para que é essa pressa tanta? Tende vida | A Poesia em Gil Vicente”

por José Anjos e os convidados Miguel Loureiro, Miguel Sopas e Francisco Ramos (música)

Dia 13 de Dezembro, pelas 18h30 na Sala de Âmbito Cultural, piso 6 do El Corte Inglés de Lisboa.

Sinopse

Sessão do Ciclo Poem(A)r inteiramente dedicada à poesia e aos textos dramáticos de Gil Vicente (nascido em Guimarães no ano de 1465), considerado o primeiro grande dramaturgo português, além de poeta de renome. A sessão tem como convidados os actores e encenadores Miguel Loureiro (actualmente director artístico do Teatro São Luiz) e Miguel Sopas, que serão acompanhados por Francisco Ramos ao violino (Orquestra de Câmara de Almada, Orquestra de Câmara de Sintra, Conan Osíris, Afonso Cabral e Sam the Kid). Os convidados juntam-se a José Anjos para interpretarem poemas e textos do autor das sátiras maiores da literatura portuguesa, das quais não deixou ninguém de fora: Auto da Barca do Inferno (1517), Auto da Barca do Purgatório (1518) e Auto da Barca da Glória (1519), cuja pertinência crítica e satírica se mantém, em muitos aspectos, actual.

Gil Vicente (1465-1536) foi um dramaturgo e poeta português, representante maior da literatura renascentista de Portugal antes de Camões. Embora tenha vivido em pleno Renascimento, não se deixou impregnar pelas concepções humanísticas e retratou através de suas peças os valores populares e cristãos da vida medieval. O seu teatro caracteriza-se por ser popular, embora tenha surgido no ambiente da corte para servir de entretenimento nos serões oferecidos ao rei. Gil Vicente escreveu mais de quarenta peças, onde criticou de forma impiedosa toda a sociedade de seu tempo. Estas peças prepararam o caminho para a sua “obra-prima”, a trilogia de sátiras: Barca do Inferno, Barca do Purgatório e Barca da Glória.

Biografia

José Anjos nasceu em Lisboa (1978) e é formado em Direito, poeta e músico. Tem quatro livros de poesia publicados e participa em vários projectos como baterista (não simão), guitarrista (Poetry Ensemble e mao-mao) e diseur (Lisbon Poetry Orchestra, No Precipício era o Verbo, Navio dos Loucos, O Gajo, Janela). Vive com um gato.

Miguel Sopas, Coimbra, 1983. Actor, encenador e formador. Iniciou o seu percurso artístico em 1998, no Teatro Amador de Pombal. Em 2004, concluiu o Curso de Teatro, em 2010, concluiu uma pós-graduação em Filosofia e frequentou o mestrado em Estudos de Teatro na FLUL. Desde 2008, encenou espectáculos e dirigiu leituras a partir de textos de Gil Vicente, Anrique da Mota, António José da Silva, Samuel Beckett, William Shakespeare e Pablo Albo. Tem também desenvolvido trabalho como formador, em diversos contextos, nas áreas de Interpretação e Dramaturgia

Miguel Loureiro estudou no IFICT – Instituto de Formação, Investigação e Criação Teatral e na Escola Superior de Teatro e Cinema. Entre as suas encenações, as mais recentes: “Frei Luís de Sousa” de Almeida Garrett (TNDMII, Sala Garrett, 2019), “A Dama das Camélias” de Dumas, filho (São Luiz, 2019) e “BOOM!’ de Tennessee Williams ( CCB/ TNSJ, 2022). Recebeu ainda o Prémio de Interpretação do Concurso Teatro na Década, em 1997, por ‘Contos do Ócio’, Globo de Ouro de Melhor Actor de Teatro por “Esquecer” de D. Dimitriadis; enc. de Jean-Paul Bucchieri em 2017 e Melhor Actor de Teatro Prémio SPAutores 2019 por “Timão de Atenas” de William Shakespeare; enc. de Nuno Cardoso / Ao Cabo Teatro.

Francisco Ramos é violinista, compositor, professor de violino. Enquanto violinista profissional tem desenvolvido um trabalho bastante diversificado, colaborando em gravações e/ou concertos de vários grupos e orquestras. Inserido no quarteto de cordas Naked Lunch, colaborou nas gravações do livro/CD da Lisbon Poetry Orchestra e do disco de António Chainho, participando frequentemente em vários concertos de ambos.

A entrada é gratuita e adstrita a pré-inscrição.

A pré-inscrição pode ser feita nesta página ou no Ponto de Informação, Piso 0 do El Corte Inglés Grandes Armazéns de Lisboa.