Nesta temporada do Ciclo Poem(A)r fazemos nova viagem pela poesia de vários autores na voz de José Anjos e dos seus convidados, tendo como sempre por destino a partilha com os leitores atentos que nos continuam a acompanhar, ainda não de perto, mas com a pertença que a poesia convoca. Esta viagem começa (a 19 de outubro) por uns dos poetas mais relevantes da poesia portuguesa contemporânea: Miguel Martins, de quem poderemos ouvir poemas seus e por si escolhidos; depois (a 3 de novembro) damos um salto quântico para o Portugal de há 900 anos e para a poesia de poetas muçulmanos que aqui viveram e escreveram, como Ibn Sâra ‘as-santarini’ (o poeta muçulmano de Santarém), guiados pelo já cúmplice destas sessões professor Luís Carmelo; regressamos depois (a 23 de novembro) a um passado visto do futuro que é o nosso presente, para uma viagem pela vida e poesia do poeta irreverente americano Charles Bukowsky, no centenário do seu nascimento, guiados pelo poeta e romancista Valério Romão; por fim (a 14 de dezembro) olhamos a poesia de Ana Hatherly, pela mão e voz da psicóloga e declamadora Paula Cortes.
Mercê do estado em que vivemos muita coisa mudou e o futuro esconde-se incerto atrás de uma curva apertada. Mas há algo que não mudou nem mudará: a urgência da poesia e da partilha. É essa urgência que tem aberto as portas às sessões do Ciclo Poem(A)r promovidas pelo Âmbito Cultural do El Corte Inglés com programação e coordenação de José Anjos, as quais não seriam possíveis sem um público de leitores atentos e cúmplices desta tradição. É essa urgência que agora se ergue de novo – quiçá mais ainda – nestes tempos de reclusão. Mas ao invés da porta o poema surge agora numa janela: do seu portátil, telefone, tablet, etc. Assim, até que a poesia possa regressar à rua, as sessões do Ciclo Poem(A)r vão até sua casa, com data e horas marcadas, para ver e rever a seu bel-prazer.

Biografia:
José Anjos (Lisboa, 1978) é formado em direito e músico. Gosta de imitar gaivotas com o seu gato na praia, caçar caracóis na lezíria, passear lesmas sem-abrigo e dançar como um panda sem pescoço. O seu lema (que impinge a toda a gente) é memento mori. Ou um pires de tremoços. Ainda não decidiu. Tem vindo a publicar alguns poemas em revistas, colectâneas e até livros. Diz que foi aqui e ali e fez assim e, passado, deixou o gato sentado com saudades e alguns poemas dentro do prazo, para ler depois de abrir.

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