O Âmbito Cultural do El Corte Inglés tem o prazer de convidar para a Conferência “A Montanha Mágica Entre a Literatura e a Música”, por João Pedro Cachopo, a realizar-se no dia 11 de fevereiro pelas 18h30, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa.


Sinopse

Numa palestra proferida em Princeton em 1939, Thomas Mann declarou-se “músico entre os poetas” e descreveu A Montanha Mágica como uma obra de índole wagneriana, composta como uma sinfonia de Leitmotive. No entanto, não é apenas formalmente, mas também tematicamente, que a música se faz ouvir e dá que pensar
neste romance, das censuras de Settembrini contra a natureza “politicamente suspeita” da música aos comentários do narrador sobre paixão de Castorp pelo Lied A Tília de Schubert. Quais as implicações daquelas declarações, e para uma leitura a um só tempo filosófica e musical do romance, é o que estará em jogo esclarecer.


A Montanha Mágica: Um Romance Para o Século XXI

Publicado em 1924, o romance A Montanha Mágica, de Thomas Mann, ainda tem muito a dizer ao nosso tempo, um tempo de aceleração tecnológica, radicalização política e guerra iminente. Nele se conta a história de Hans Castorp, um jovem engenheiro alemão que, ao longo dos sete anos passados num sanatório para
tuberculosos na Suíça no início do século XX, se interroga sobre o tempo, a morte, o amor, a história e a política. É na montanha que o herói se questiona e reflete. Mas é
também na montanha que desiste de tudo.

Afinal, quão salutar é a sua experiência alpina? É a distância — simbolizada pela montanha — uma condição da lucidez? Ou é um pretexto para a inação, a desistência e a cobardia? É desta pergunta que parte este ciclo de conferências, no qual retomarei as principais ideias d’O Escândalo da Distância: uma leitura d’A Montanha Mágica para o século XXI, recentemente publicado pelas Edições Tinta-da-China.


Biografia

João Pedro Cachopo leciona Filosofia da Música na Universidade Nova de Lisboa, onde integra o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical. É autor de Callas e os Seus Duplos (Sistema Solar, 2023), A Torção dos Sentidos (Sistema Solar, 2020; Elefante, 2021), traduzido para inglês como The Digital Pandemic (Bloomsbury, 2022), e Verdade e Enigma: Ensaio sobre o Pensamento Estético de Adorno (Vendaval, 2013), e coautor de várias obras.

A entrada é gratuita e sujeita a pré-inscrição individual para cada sessão do ciclo.

A pré-inscrição pode ser feita nesta página.

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