Curso “Literatura Policial – O Adeus à Arma”, por Francisco José Viegas.

De 18 de Janeiro a 15 de Março (Sextas-Feiras), às 18h30, na Sala de Âmbito Cultural  Lisboa (Piso 6)

Inscrições disponíveis até dia 11 de Janeiro. no Ponto de Informação (Piso 0) do El Corte Inglés de Lisboa.

Uma viagem pelos grandes temas e momentos da “literatura policial” — primeiro, com uma perspectiva histórica que situe obras e autores essenciais do género; depois, através de temas, truques e obsessões; finalmente, desenhando um mapa de influências e de perdições. Tudo para provar que toda a literatura é policial.

 

Francisco José Viegas nasceu em 1962. Escritor, jornalista e editor, foi também director das revistas Ler e Grande Reportagem – e da Casa Fernando Pessoa. Colaborou em vários jornais e revistas, e foi autor de vários programas na rádio e televisão. Da sua obra destacam-se livros de poesia (entre eles, Metade da Vida, O Puro e o Impuro, Se Me Comovesse o Amor) e os romances Regresso por um Rio, Um Crime Capital, Lourenço Marques, Longe de Manaus (Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 2005), O Mar em Casablanca. A maior parte deles está publicada no estrangeiro. Escreveu também crónica, teatro e livros de viagem. É actualmente editor da Quetzal. O seu novo romance será publicado em Maio de 2019..

 

Programa

1.ª SESSÃO — 18 DE JANEIRO
O medo da vida, um medo de morte.
A origem do género. A luta de classes na literatura. De Sófocles até hoje. O preconceito e o fascínio pela literatura policial. A navalha de Ockham e a investigação policial.

2.ª SESSÃO — 25 DE JANEIRO
Uma perspectiva histórica, entre a paz e a guerra.
Os começos. Autores para o arquivo: Poe,
Conan Doyle, Gaston Leroux, Maurice Leblanc.
S.S. Van Dine, as regras fixas e um detetive móvel.

3.ª SESSÃO — 1 DE FEVEREIRO
Quem foi?
Da ideia de mistério à história dos grandes detectives. Agatha Christie, Dorothy L. Sayers, Dickson Carr, Ellery Queen, Ngaio Marsh. Os casos de Rex Stout. Georges Simenon e o espírito de Maigret. O retrato do detective como um dicionário de costumes

4.ª SESSÃO — 8 DE FEVEREIRO
O nascimento da melancolia.
O crime e a sociedade bem comportada. Dashiell Hammett. História de um género impossível. Raymond Chandler, o caso Philip Marlowe e o nascimento da melancolia.

5.ª SESSÃO — 15 DE FEVEREIRO
Dos anos duros aos novos clássicos.
James M. Cain, Léo Mallet, Mickey Spillane, James Hadley Chase, Chester Himes. Manuel Vázquez Montalbán, o mago da ironia latina. Patricia Highsmith: a desordem natural das coisas. Andrea Camilleri, Petros Markaris, Élmer Mendoza.

6.ª SESSÃO — 22 DE FEVEREIRO
Por que matam melhor as mulheres?
De Ngaio Marsh e Agatha Christie a Fred Vargas, de Val McDermid e Camilla Lackberg. P.D. James: do fascínio pela morte a Jane Austen. Ruth Rendell: as pessoas normais. As detectives. A subtil diferença.

7.ª SESSÃO — 1 DE MARÇO
Os espiões.
Um género devorado pelo cinema. De Ian Fleming a John Le Carré. Lawrence Durrell. Graham Greene. Julian Semyonov. Robert Ludlum. Mai Jia. John Le Carré: o triunfo da poesia. O espião imperfeito: George Smiley e Magnus Pym.

8.ª SESSÃO — 8 DE MARÇO
O caso do policial nórdico. Um crime no paraíso.
De Maj Sjöwal e Per Wahlöo à morte de Stieg Larsson: um crime no paraíso. Jo Nesbø, Henning Mankell, Arnaldur Indrioason, Yrsa Siguroardóttir, Camilla Läckberg, Karin Fossum, Mons Kallentof. Uma mancha de sangue no esplendor da neve.

9.ª SESSÃO — 15 DE MARÇO
Crimes em língua portuguesa.
Os clássicos portugueses escolhiam outros nomes: Ross Pynn, Frank Gold, Dick Haskins, Strong Ross, Dennis McShade. Um elogio a José Cardoso Pires. O caso Luís Campos.
Os brasileiros que mudaram a corrente: Rubem Fonseca, Luiz Alfredo Garcia-Roza, Tony Bellotto.

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