O Âmbito Cultural do El Corte Inglés tem o prazer de convidar para o Curso “Uma História da Arte Portátil”, a realizar-se nos dias 6, 7 e 8 de janeiro, pelas 18:30 horas, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Gaia – Piso 6.

Sinopse:

 Propõe-se uma pequena e portátil história da arte a partir de três obras de três pintores: Leonardo da Vinci, Nicolas Poussin e Caspar David Friedrich, respectivamente A Virgem, o Menino Jesus e Santa Ana (Museu do Louvre), Pan e Siringe (Gemäldegalerie Alte Meister Desden)  e Dois Homens Contemplando a Lua (Gemäldegalerie Neue Meister Desden). As análises das referidas obras constituem o mote para a introdução e a contextualização do renascimento italiano, do neo-classicismo francês e do romantismo alemão, sem prejuízo do que em cada obra de arte se possa revelar como pessoal e original de cada um dos pintores. As obras de arte excedem em larga medida as categorias e os movimentos em que foram historiograficamente inseridas, e são, em si mesmas e na sua inter-relação, testemunhos vivos de um modo de ser e de pensar.

 

José Carlos Pereira

 

Biografia:

José Carlos Pereira é licenciado em Filosofia, mestre em Teorias da Arte, doutorado em Estética, e professor auxiliar agregado na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. É autor dos seguintes livros: O Valor da Arte (2016, Fundação Francisco Manuel dos Santos), As Doutrinas Estéticas em Portugal: do romantismo à Presença (2011, Editorial Hespéria), Olhar e Ver: 10 obras + 2 para compreender a arte (2ª edição no prelo), e M. Heidegger. H.-G. Gadamer e Paul Ricoeur — Temas de Estética (2023, CIEBA-Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa)

 

6 de janeiro

Leonardo da Vinci (1452-1519) (A permanência da religião e a dessacralização das imagens)

Exemplo do artista renascentista por excelência, Da Vinci procura as leis do mundo. A doçura do olhar e o lento movimento das figuras parece confirmar um dos arquétipos da Beleza.

7 de janeiro

 Nicolas Poussin (1594-1665) (O regresso da mitologia e a idealização das imagens)

Segundo G. P. Bellori, Poussin afirmara que Caravaggio viera ao mundo para destruir a pintura. A pintura neoclássica de Poussin encontra-se, de facto, nos antípodas da pintura do Bardo, e invoca a mitologia como um modo de representação de um mundo ideal.

8 de janeiro

D. Friedrich (1774-1840) (A dimensão simbólica da ruína e a melancolia das imagens)

O recontro da ciência e da religião no século XIX levou os artistas românticos a verem na natureza uma força renovadora da espiritualidade. A melancolia e a ruína são dois dos elementos que caracterizam simbolicamente as paisagens de C. D. Friedrich.

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