Lançamento do livro “Eanes e a democracia”, de David Castaño

Dia 20 de Novembro, às 18h30, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa (Piso 6).

O livro será apresentado por Maria Inácia Rezola e Carlos Gaspar.

Sinopse

Em 1976, no rescaldo da revolução de Abril e de um conturbado Processo Revolucionário, Ramalho Eanes foi eleito Presidente da República.
Portugal dava os primeiros passos na direcção da democracia plena e a instabilidade e incerteza quanto ao futuro político do país sentiam-se a cada movimento dos actores deste importante momento de transição. Os militares continuavam a ocupar um lugar central na vida política, o sistema partidário começava a tomar forma e o país assistia a um conjunto de crises políticas que colocavam em causa os ainda frágeis alicerces do regime democrático.
Neste período quente e crítico que decorreu entre 1976 e 1982, Eanes, o primeiro Presidente da República eleito por sufrágio directo e universal, desempenhou um papel fundamental ao contornar os riscos que ameaçavam a consolidação da democracia.
Com uma surpreendente mestria narrativa e assinalável clareza e capacidade de síntese, David Castaño acompanha a actuação de Ramalho Eanes nas suas múltiplas vertentes revelando como, paradoxalmente, foi um militar o principal responsável pela subordinação do poder militar ao poder civil, pelo regresso dos militares aos quartéis e pelo sucesso da consolidação democrática.

Biografia

David Mourão Ferreira Castaño nasceu em Lisboa em 1979. Casado, com três filhos, é doutorado em História Moderna e Contemporânea e investigador do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa. Ultimamente tem-se dedicado ao estudo da transição e consolidação da democracia em Portugal. Autor de vários livros e de artigos científicos publicados nas mais prestigiadas revistas científicas nacionais e internacionais, tem colaborado em diversos projectos de investigação. Entre os últimos trabalhos publicados destaca-se o livro Mário Soares e a Revolução. Membro do Seminário Permanente de Jovens Cientistas da Academia das Ciências de Lisboa, recebeu em 2005 o Prémio Teixeira de Sampayo.

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