O Âmbito Cultural do El Corte Inglés e a Editora Guerra e paz têm prazer de convidar para a apresentação dos livros “Antes do
25 de Abril: Era Proibido” de António Costa Santos, “50 Anos de Abril no Algarve, Uma Revolução Tranquila na Escrita dos Dias” de Ramiro Santos e “25 de Abril, No Princípio era o Verbo” de Manuel S. Fonseca e Nuno Saraiva, a realizar-se no dia 08 de Abril, pelas 18h30,a na Sala de Âmbito Cultural, piso 6, El Corte Inglés de Lisboa.

Sinopse

Talvez – e já comecei mal, qual talvez, qual carapuça! Nunca mais voltaremos a ter um dia tão deliciosamente festivo, inocente e delirante, como aquele. E eu nem preciso de dizer: sabem todos muito bem, qual foi. Ora vejam, malta exaltada a correr pelas ruas com a palavra liberdade a sair-lhes cantada e chorada da boca para fora. Uns, maravilhosamente malvestidos, cabelos desgrenhados, calças à boca de sino, anarcas de corpo e alma, espantadíssimos a gritar, cheios de ironia, «Anarquia, sim, mas não tanto, por favor»; outros, seriíssimos militantes – vá lá, tipo mrpp –, punhos a bater no peito, como se o coração fosse um tambor, clamando «Estaline está morto, mas vive nos nossos corações». Eis a liberdade sem freios, pura, esfusiante. A editora Guerra e Paz concentrou essa liberdade em três livros, cujos seus autores são as vedetas da sessão mais livre e mais divertida dos 50 anos do 25 de Abril. Esta sessão.

Biografias

António Costa Santos é jornalista desde 1976, tendo trabalhado em vários jornais e fazendo, atualmente, rádio na Antena 2. Traduziu vários livros e escreveu outros, assim como guiões para cinema e televisão. Tem quatro filhos, aos quais proibiu algumas coisas ao longo da vida, como agredir os mais fracos, faltar às aulas para ir jogar matraquilhos, ouvir música aos berros enquanto o pai está a trabalhar ou a dormir, denunciar colegas ou pregar mentiras, com exceção das piedosas e das pregadas em legítima defesa. Tinha 16 anos, no 25 de Abril de 1974.

Ramiro Santos nasceu numa pequena aldeia do Alentejo, cresceu em África, de onde trouxe a luz do Índico, e, no Algarve, respira dos dias azuis e da claridade. Jornalista profissional durante uma vida, percorreu o país profundo e esteve em palcos tão diversos como a Bósnia, Kosovo, Timor, Zimbabué e Moçambique. A rádio foi a sua casa primordial: TSF, Antena 1, Emissor Regional do Sul e R.C. Moçambique. Trabalhou, ainda, nas agências Lusa e NP. Retirado do jornalismo ativo, voltou à escrita na imprensa de proximidade, mantendo uma colaboração regular em jornais regionais, num exercício de inquieta cidadania.

Manuel S. Fonseca é autor de Revolução de Outubro: Cronologia, Utopia e Crime, Que Salazar era o Salazar de Fernando Pessoa e Crónica de África. Tinha 20 anos e estava em Luanda no dia 25 de Abril de 1974. Ainda veio a Portugal saborear a revolução, mas voltou para Angola, a sua subversão, e estava no Sumbe (Novo Redondo) no dia da independência. É editor, a sua realíssima utopia.

ENTRADA LIVRE

 

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