O Âmbito Cultural do El Corte Inglés tem o prazer de convidar V. Exa. para a Semana da Amazónia – de dia 26 de setembro a 1 de outubro, na Sala de Âmbito Cultural, Piso 6 do El Corte Inglés Grandes Armazéns de Lisboa. Contamos com diversas conferências, manifestações artísticas, conversas, apresentações de livros e mais, tudo em torno do tema ‘AMAZÓNIA(S) Plural- Excessiva, Preciosa e Ameaçada‘. A exposição de fotografia, Amazónia, Amazónias, Encanto e Desencantos – Retratos dos Amazónidas emoldurados pelas paisagens – invisibilidade e representações – curadoria de Alberto César Araújo e Lau Zanchi –  Fotografias /Amazônia Real e a projeção de vídeos Cineamazónia serão transversais a toda a semana, pelo que poderá visitar-nos a qualquer momento entre 26 de setembro e 1 de outubro para mergulhar nesta experiência sensorial.

 

Exposição de Fotografia ‘Encanto e Desencantos – Retratos das Amazónidas emoldurados pelas paisagens – invisibilidade e representações’ – curadoria de Alberto César Araújo e Lau Zanchi

 

SINOPSE:

Programação composta por um conjunto de conversas, exposição de fotografias, apresentações
de livros e momentos de reflexão sobre a Amazónia, inspirada na Agenda “Transformar o nosso
mundo”: Agenda 2030 da ONU | Objetivos Desenvolvimento Sustentável/ODS.

 

O Projeto Sentir a Amazônia em Portugal é orgânico, tal como a floresta sempre a renovar-se, e tem vindo a firmar-se como um “lugar” de diálogo apartidário, escuta e ressonância da temática amazónica e sua interrelação com a crise ambiental planetária. Na Semana da Amazónia do Âmbito Cultural é proposta uma “viagem” pela Amazónia Plural, intercultural, multiétnica e multirracial, um itinerário que expõe a invisibilidade dos seus habitantes e a multidiversidade de “sentir” as relações ser humano-natureza. A Semana contará com conversas e manifestações artísticas – exposição de fotografias, mostra de vídeos, lançamento de livros, música – reunindo associações, institutos, organizações, cientistas, académicos, jovens ativistas, educadores ambientais, artesãos, jornalistas, fotógrafos, educomunicadores e empreendedores socioambientais através do exercício do diálogo luso-brasileiro. O propósito será “desapressar” a opinião sobre a Amazónia “complexa”, ecoar projetos relevantes que ajudam a manter a floresta em pé e descodificar as representações sociais desse território mítico com recurso a imagens, sons, história e “estórias” que produzam conhecimento e… encantamento.

A literatura será o guia da ”viagem” motivado pelo questionamento de Verenilde Pereira: “O que é que a literatura suporta dizer e acrescentar sobre esses nossos tempos? A literatura de Márcio Souza assim acrescenta: “A Amazônia, sendo geografia, também é um espaço em que a humanidade pode aprender um pouco mais sobre si mesma”.

Ao final da Semana, deseja-se que floresça a reflexão: como podemos AGIR ao lado dos xamãs do livro A queda do céu de Davi Kopenawa e Bruce Albert para ajudar a sustentar o grande céu que cobre não só a Amazónia, mas todo o planeta? O céu pode parecer estar a cair, a Amazónia em disputa, os saberes empíricos dos povos originários ignorados e a crise climática planetária a agudizar, já em emergência. Mas o que é certo é que não podemos ceder aos desastres. Parafraseando Sophia de Mello Breyner quando inspira: “sou aquela que não aprendeu a ceder aos desastres”.

 

Utopia Amazónica
(…) É preciso difundir as informações sobre as questões mais importantes que estão em curso. Elas circulam em ambientes privilegiados. Socializadas, talvez ofereçam a rara oportunidade de uma região colonial, como a Amazónia, finalmente poder ser contemporânea da sua história e não apenas espectadora dos atos dos seus atores decisivos, nenhum dos quais é verdadeiramente amazónida.

Lúcio Flávio Pinto

 

BIOGRAFIA:

Lau Zanchi criou em 2014 o Projeto Sentir a Amazônia em Portugal. É graduada em Direito pela Universidade de São Paulo. Doutoranda em Ecologia Humana na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da NOVA. É membro integrado do CICS.NOVA, Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Nova de Lisboa. Realizou formações nas áreas de Cinema e Literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Publicou em coautoria com Ana Cristina Carvalho: Amazónia: Reflexos do Lugar nas Literaturas Portuguesa e Brasileira.

 

 

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