O Âmbito Cultural do El Corte Inglés tem o prazer de convidar para o Curso “À descoberta da ópera” por Inês Thomas Almeida.

Sinopse

Um curso livre, de duas sessões, pela musicóloga Inês Thomas Almeida, para profissionais do espectáculo e público interessado em iniciar-se pelos mistérios desta forma de arte total, desde o seu nascimento em 1600 até aos nossos dias, passando pelos seus marcos incontornáveis, com música e imagens. Em ambas as sessões, serão feitos paralelos com a realidade portuguesa, para cada época, em termos de compositores, tendências e marcos importantes. Os exemplos áudio e vídeo abordarão ainda questões de técnica vocal e de encenação, sendo mencionados grandes intérpretes e produções mais marcantes. Os compositores e compositoras deste sumário são apenas indicativos, podendo ser abordados mais do que os aqui enumerados.

Biografia

Inês Thomas Almeida, nascida na República Dominicana, é musicóloga e doutorada em Ciências Musicais Históricas pela Universidade Nova de Lisboa (2021). É investigadora no Instituto de Estudos de Literatura e Tradição dessa mesma universidade, com bolsa de Pós- -Doutoramento no projecto Revisões Literárias. Recebeu, pela sua dissertação doutoral “O olhar alemão: as práticas musicais em Portugal no final do Antigo Regime segundo fontes alemãs”, sob orientação de Rui Vieira Nery, a classificação máxima por unanimidade. Tem diversos artigos publicados em revistas científicas da especialidade e mantém uma intensa actividade como conferencista, quer em colóquios nacionais e internacionais quer como divulgadora musical na Fundação Calouste Gulbenkian e no Teatro Nacional de São Carlos. É responsável pela criação da unidade curricular Mulheres Compositoras: História da Composição no Feminino, que lecciona na Universidade Nova de Lisboa, e professora convidada do Doutoramento em Estudos de Género (ISCSP-ULISBOA, NOVA SCHOOL OF LAW e NOVA FCSH)

Programa

1.ª SESSÃO — 4 DE SETEMBRO

Das origens da ópera à primeira metade do século XIX Iniciamos a viagem com uma introdução aos termos e elementos do mundo da ópera. Exploraremos então o seu nascimento na Itália renascentista, entre música secreta e festas públicas palacianas. Seguimos para a ópera barroca, com produções sumptuosas, códigos intrincados e maquinarias de sonho. Passaremos para a ópera clássica no tempo de Gluck e Mozart. Ao chegarmos ao início do século XIX, veremos Beethoven, Meyerbeer e Carl Maria von Weber retratando o espírito de uma época de mudanças radicais. Ao mesmo tempo, testemunharemos a popularização da ópera e do bel canto. Terminaremos com uma reflexão sobre o impacte social e cultural deste género musical na sociedade, desde o entretenimento à representação política do Estado.

2.ª SESSÃO — 6 DE SETEMBRO

Revolução, Romantismo e Futuro: Do século XIX aos nossos dias Nesta sessão, começaremos pela ópera romântica a partir de 1850: identidades nacionais, elementos folclóricos e a invenção da tradição. Passaremos pelo verismo italiano de Mascagni, Leoncavallo e Puccini e observaremos as cores difusas de Claude Debussy. Já em pleno século XX, visitaremos o expressionismo germânico. Avançaremos para o minimalismo de Philip Glass e Steve Reich e para a inovação de vanguarda de György Ligeti e de Luciano Berio. Falaremos das questões da encenação dos problemas da abordagem histórica e do Regietheater. Ganharemos balanço para a ópera no século XXI, sua evolução e relevância no mundo de hoje. No fim da viagem, olharemos para o futuro: tendências contemporâneas na ópera, adaptação ao mundo moderno, novas tecnologias, inteligência artificial e desafios para o que está por vir.