O Âmbito Cultural do El Corte Inglés tem o prazer de convidar para o Curso “A Pólis entre 10 filósofos”, por David Erlich, a realizar-se nos dias, 1,8,15 e 22 de Fevereiro pelas 18:30 horas, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Gaia – Piso 6.

Sinopse

Partilha o filósofo francês André Comte-Sponville: “Para que pode servir a Filosofia contemporânea? Para viver juntos da melhor maneira: no debate racional, sem o qual não existe democracia, na amizade, sem a qual não existe felicidade, finalmente na aceitação, sem a qual não existe serenidade”. O objetivo deste curso é, pois, fazer um caminho possível pelas tensões que habitam a raiz do político na tradição ocidental, ancorado na figura de dez pensadores incontornáveis. Almeja-se um percurso de procura racional pelo significado das perspetivas filosóficas abordadas, num clima de serenidade reflexiva e liberdade de pensamento.

 

1.ª SESSÃO — 1 DE FEVEREIRO

A República de Platão e a Política de Aristóteles: os dois arquétipos gregos do pensamento político ocidental. O contraste entre o idealismo platónico na defesa de uma sofocracia – governo dos que, pela via racional, alcançaram a Verdade – e o regime misto aristotélico. Esta diferença ressurge, na Idade Média, em Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino.

2.ª SESSÃO — 8 DE FEVEREIRO

O início da modernidade europeia assiste à publicação das célebres Utopia, de Thomas More, e O Príncipe, de Maquiavel. Dois livros incontornáveis na procura de um retrato destas duas tradições de pensamento político, a utopia e o realismo, sem deixar de perscrutar em que pontos a Utopia não é utópica e Maquiavel não é maquiavélico.

3.ª SESSÃO — 15 DE FEVEREIRO

O contratualismo como tese que pretende responder ao problema da origem do poder político. Veremos três autores contratualistas – Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau – que, convergindo na noção do contrato social como ato originador da esfera pública, divergem no retrato que fazem do que havia antes, variando entre o bom selvagem e o homem lobo do homem.

4.ª SESSÃO — 22 DE FEVEREIRO

Pensar a política após 1945 exige olhar de frente para a escala de violência e desumanização durante a II Guerra Mundial, e para a tipologia de regime na sua génese. Faremos isso através de Hannah Arendt, percorrendo As Origens do Totalitarismo e Eichmann em Jerusalém – uma reportagem sobre a banalidade do mal, procurando pistas para que seja verdadeiro o mote nunca mais.

David Erlich

Biografia

Professor de Filosofia no ensino secundário, David Erlich é licenciado em Ciência Política com minor em
Filosofia, mestre em Filosofia e mestre em Ensino de Filosofia, cuja classificação final o incluiu no Quadro de Mérito da NOVA FCSH, em que cursa atualmente o Doutoramento em Filosofia, na variante de História da Filosofia.
Participou em diversas publicações e conferências académicas e educacionais, nomeadamente no Festival Literário Internacional de Óbidos, no Humanorama – Festival de Conversas do Rock in Rio, nas Leya Talks, no TedX Alcobaça ED e na conferência “Wonder, Education and Human Flourishing”, organizada pela Universidade Livre de Amesterdão. Poeta com três livros publicados. Integra o grupo de reflexão “O Futuro Já Começou”, que funciona
junto do Presidente da República. Cronista online da revista Sábado. Publicou recentemente, na editora Planeta, o livro A Bebedeira de Kant– e outros 49 episódios da história da filosofia para pensar a sorrir.

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