O Âmbito Cultural do El Corte Inglés tem o prazer de convidar para a inauguração da exposição “Posters Ilustrados das Frases, Slogans, Palavras de Ordem e Pichagens do 25 de Abril” por Nuno Saraiva, a realizar-se no dia 8 de Abril, pelas 18h30, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés.

A Exposição estará patente até dia 31 de Maio

Sinopse

Se no princípio era o verbo, hoje, com a falência das ideologias, a ilustração destes velhos substantivos procura restaurar as cores e firmar os traços empalidecidos com o tempo. Mas, qualquer intenção em querer restabelecer ou conservar tal património artístico revolucionário, é aqui ceifada e, em grande parte, dessacralizada. Quem cresceu, como Nuno Saraiva, a ouvir discursos ditados por punhos erguidos e a caminhar por avenidas inteiras decoradas por gritos e missivas de partidos, – uns que já não existem e outros que julgam ainda existir –, compreende que o desafio de ilustrar as frases, slogans, palavras de ordem e pichagens dos dias que se seguiram ao 25 de Abril, foi, acima de tudo, uma espécie de catarse. As imagens foram produzidas num curto espaço de tempo, à velocidade, de forma quase automática, seguindo o trajeto da memória. O resultado, reflete o que ficou daqueles tempos, as lembranças que sublinham os rasgos de humor, as desconsiderações e autênticas «faltas de respeito» dos anarquistas perante as fações «sérias», o forte conteúdo sexualizado no discurso pintado, e o afastar das expressões batidas para demarcar as menos conhecidas. Assim, e como quando imperava a subversão, também estes desenhos são gestos de insubordinação e revolta.

Biografia

Nuno Saraiva já colaborou com toda a imprensa nacional editorial, à exceção do Diário da República e do Correio da Manhã. Autor de banda desenhada, é residente no jornal online Mensagem de Lisboa e cartunista político no Inimigo Público (Expresso). É professor em escolas artísticas e coordenador do curso de Ilustração Digital da Lisbon School of Design. Entusiasta da Pintura Mural, tem inúmeros trabalhos expostos pela cidade. No dia 25 de Abril de 1974, tinha 4 anos e estava no melhor do pior dos sítios: a norte do Niassa, Moçambique, junto do pai, Capitão Miliciano da Companhia 1 do Batalhão de Caçadores 4811, que lutava numa guerra em que não acreditava.

ENTRADA LIVRE

 

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