Lançamento do livro “40 Anos do SNS”, de Maria Elisa Domingues.

Dia 14 de Outubro, às 18h30, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa (Piso 6).

Apresentação por Lídia Jorge e Daniel Proença de Carvalho.

Sinopse
Foi num programa de informação que eu, então, coordenava e apresentava na RTP, que António Arnaut divulgou pela primeira vez, para o grande público, o seu projecto do Serviço Nacional de Saúde. Ainda jovem, e desde sempre interessada pelo que à Medicina dissesse respeito, não pude deixar de me regozijar com aquilo que me pareceu ser uma extraordinária reforma para o país. Mas lembro-me de que, na época, quer à direita, quer mesmo à esquerda, nem todos aplaudiram a ideia sem reservas.
Quando, no ano passado, por total coincidência, fui convidada a escrever um livro a assinalar os 40 anos do SNS, a primeira coisa que fiz foi telefonar a António Arnaut e contar-lhe do projecto: até aos seus últimos dias, pude contar com o seu apoio e entusiasmo. Tudo o que pudesse, de alguma forma, servir para ajudar a manter vivo o “seu” SNS era, para ele, motivo de interesse.
Talvez por isso tenha sentido tanto a falta dos seus telefonemas com ideias e sugestões. Mas não só: com a morte de António Arnaut, o país perdeu um homem bom e íntegro, como poucos.
Antes dele, antes mesmo do 25 de Abril, uma geração de servidores do Estado, de grande capacidade intelectual e espírito empreendedor, havia começado a construir os alicerces do que viria a ser o SNS: sem Arnaldo Sampaio, Gonçalves Ferreira, Baltazar Rebelo de Sousa, Albino Aroso ou Miller Guerra, teria sido mais difícil erguer o Serviço Nacional de Saúde. No balanço dos 40 anos, este livro evoca também esses precursores.
Procurei registar aquelas que foram as grandes conquistas do SNS, graças às quais passámos de um país atrasado, com maus indicadores de saúde, para um dos mais bem colocados, a nível europeu. Críticas, ouvi muitas, e não deixei de assinalar as que me pareceram mais pertinentes: tentei também que, neste livro, se ouvissem as vozes e o sentir dos trabalhadores da saúde e dos doentes.
Mas celebrar 40 anos deste projecto audacioso é, acima de tudo, motivo de júbilo. É isso que sinto por, durante uns meses, ter acompanhado as pessoas e os lugares onde, diariamente, se constrói o SNS.

Autora

Maria Elisa Domingues nasceu em Lisboa, em 1950. Fez o liceu no D. Filipa de Lencastre, estudou dois anos na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, frequentou o Curso de Teatro do Conservatório Nacional. Foi fundadora do grupo de Teatro A Comuna.
Entrou para a RTP, em 1973, por concurso público, estudou Jornalismo numa das mais prestigiadas escolas francesas, o Centre de Formation des Journalistes, em Paris, e desde então desenvolveu uma longa carreira, como jornalista de televisão: apresentou o Telejornal, concebeu e apresentou centenas de programas de informação, pelos quais recebeu diversos prémios. Entre 2009 e 2011, coordenou e apresentou o programa semanal Serviço de Saúde, da RTP1.
Foi, por duas vezes, directora de programas da RTP e a primeira directora de programas da SIC.
Foi assessora para a comunicação social da Primeira-Ministra Maria de Lurdes Pintasilgo, Conselheira de Imprensa da Embaixada de Portugal em Madrid (1986-1988) e Conselheira Cultural da Embaixada de Portugal em Londres (2004-2006). Foi deputada à Assembleia da República de 2002 a 2004. Fundou e dirigiu o Serviço de Comunicação da Fundação Calouste Gulbenkian (1995-1998).
Lançou a revista Marie Claire e é colaboradora regular da imprensa escrita, tendo publicado centenas de crónicas, reportagens, entrevistas, nomeadamente no Diário de Notícias, Público, Expresso, Visão, Elle, Vogue, Máxima.
Publicou anteriormente Viver com Fibromialgia, em co-autoria com o Prof. Jaime Branco (Gradiva, 2008); Amar e Cuidar: A Minha Viagem pelo Mundo do Cancro (2012) e Confissões de Uma Mulher Madura (2015), ambos na Esfera dos Livros.
É casada, tem um filho e uma neta.

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