Lançamento do livro “Adeus Cariño”, de António Costa Santos.

Apresentado por Hugo van der Ding.

Dia 28 de Março, às 18h30, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa (Piso 6).

 

Sinopse

Nuestros hermanos ou nossos rivais? Um romance hilariante sobre uma portuguesa, um espanhol e o extravagante pai dela.
Ele gosta de tapas, ela adora caracóis; ele fala espanhol, ela é portuguesa; conhecem-se em Évora e apaixonam-se. Mas o pai de Diana, até aí um fervoroso admirador do país vizinho, não quer ouvir falar do romance com Rafael. A explicação pode estar numa certa noite, de há 20 anos, em que traiu a mulher, prestes a dar à luz, com uma espanhola chamada Carmen…
Uma história actual, bem urdida e cheia de peripécias hilariantes. Uma intriga divertida com episódios rocambolescos e rivalidades históricas que joga com os estereótipos dos vizinhos peninsulares.
«Lena exasperou-se.
– Mas que fixação, Nélson! Até parece que aquilo não é só um namorico. Fazes impressão. Nem quero pensar no dia em que fores avô!
– Eu quero lá um neto meio castelhano!
– O rapaz é andaluz – protestou Lena, acrescentando: – Andaluces de Jaen, como os do Paco Ibañez – uma tentativa de apaziguar o marido, invocando um dos seus cantautores favoritos. Talvez Nélson começasse a cantarolar, ele que era muito atreito ao reflexo condicionado. Não funcionou.
– Badarroz é Extremadura, não interessa, Andaluzia, Castela, é tudo mau vento e mau casamento – declarou e passou a explicar à mulher quem constituía a tropa espanhola que Nun’Álvares derrotou em Aljubarrota. Inventou o saber no momento, coisa que só fazia em casos extremos, quando necessitava de um argumento de autoridade, mas era o caso.
– Os extremenhos são piores que os andaluzes, Lena, uns selvagens. Se não fosse a táctica do quadrado, que o Santo Condestável inventou, e por isso é santo, aliás, hoje estávamos todos a tortilhas. Gostavas? Não havia pastéis de bacalhau, não havia cozido, não havia nada.»

 

Autor

António Costa Santos nasceu a 2 de Junho de 1957 em Lisboa. É jornalista e escritor, tendo começado na imprensa em 1976 no jornal O Diário. Foi chefe de redacção do semanário Se7e e redactor, editor e colunista no Expresso, entre 1989 e 2000. Escreveu guiões para cinema e televisão, incluindo A Vida Íntima de Salazar, e publicou, entre outros livros, o romance Diário de um Gajo Divorciado e o infanto-juvenil As coisas que eles sabem.

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